sábado, 25 de dezembro de 2010

O porquê da divisão

Discurso de Wilhie Lynch, um traficante de escravos caribenhos, proferido em 1712.
“Cavalheiros, eu vos saúdo aqui as margens do rio James no ano do Nosso Senhor Um Mil Setecentos e Doze. Estou aqui com o intuito de ajudá-los a resolver algum dos seus problemas com seus escravos. Enquanto Roma usava cruzes para erguer corpos humanos ao longo das estradas, em grande número, os senhores estão usando as árvores com forças para o mesmo fim.
Eu senti o mau cheiro de um escravo morto que foi enforcado numa árvore a algumas milhas daqui. Tenho aqui em minha pasta, um comprovado método de controle de negros escravos. Eu garanto que se implementado corretamente este método será capaz de controlar os escravos pó pelo menos 300 anos. Meu método é simples qualquer membro da família e até o feitor pode usá-lo.
Eu listei algumas diferenças existentes entre negros escravos e pego essas diferenças e as torno maiores ainda. Eu uso o medo, a desconfiança e a inveja como elementos de controle. Esse método tem funcionado em minha modesta plantação lá nas índias do Oeste e funcionará também aqui no Sul. Leiam esta pequena lista de diferenças e pensem a respeito.
No inicio da minha lista a idade, mas poderia começar com outro item. O segundo é a cor ou gradação de cor, existe também a inteligência, estatura, sexo, se o escravo vive no vale ou na colina, se tem cabelos lisos ou crespos, ou se são altos ou baixos. Agora que os senhores já têm uma lista de diferenças, devo algumas atitudes a serem tomadas, mas antes disso devo assegurar aos senhores que a desconfiança é mais forte que a confiança e a inveja é mais forte do que a lisonja, o respeito e a admiração.
Os negros escravos após receberem essa doutrinação deverão incorporar-se a ela e se tronarão eles próprios reproduzidores dela por centenas de anos, talvez milhares de anos. Não se esqueçam os senhores devem jogar um negro velho contra um negro novo, um jovem escravo contra um velho escravo. Os senhores deverão usar o escravo de pele escura o de pele clara e o escravo de pele clara contra o de pele escura. Deverão também os senhores, terem seus criados e capatazes brancos implementando a desconfiança entre os negros, mas é necessário que vossos escravos confiem e dependam de vós. Eles devem amar, respeitar e confiar apenas em nós.
Cavalheiros, esse conjunto de medidas é a chave para o controle usem-nas. Faça com que vossas esposas e filhos também os usem, nunca perca uma oportunidade. Meu plano é garantido e, o bom desse plano é que, ao ser usado intensamente durante um ano os próprios escravos permanecerão eternamente desconfiados uns dos outros.
Obrigado Cavalheiros.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Intolerância Religiosa e Violação dos Direitos Humanos Universais

Manifesto do CEPAPA.

 O presente manifesto vem a denunciar consequências causado pelo modelo hegemônico econômico, politíco e cultural, que traz consigo uma série de violações dos direitos pleno do homem.
 O fato acontecido no último dia 27 de outubro de 2010, no assentamento Banco do Pedro em Ilhéus - Bahia, onde o terreiro de Candomblé existente no local foi invadido e as pessoas que ali estavam, foram vítimas do abuso de poder que o sistema impõe expresso e impresso na farda de maus policiais militares, que camuflado no privilégio que o sistema político dá, fazendo-os pensar que tem o poder /autoridade de desrespeitar um coletivo humano que manifesta sua religião, tratando como inferiores e demonizados, fazendo chacotas racistas contra as culturas de matriz africana. 
 Quando acontece situações desse tipo nos perguntamos: Será que essas pessoas afrodescendentes que vivem pacificamente entre si e buscam seu sustento através do cultivo da terra que mantêm sua cultura viva merece esse tratamento? 
Os fatos: Ao ser questionado pela coordenadora do assentamento e sacerdotisa (filha de Oxossi) Bernadete Souza, sobre a ilegalidade da presença do pelotão da polícia na área do assentamento, por ser este uma jurisdição do INCRA - Instituto Nacional e Colonização de Reforma Agrária e, portanto a polícia sem justificativa e sem mandato judicial não poderia estar ali. Menos ainda, enquadrando homens, mulheres e crianças, sob mira de metralhadoras, pistolas e fuzil, o que se constitui numa grave violação de direitos humanos. Diante deste questionamento, o comandante alegando desacato a autoridade, autorizou que Bernadete fosse algemada para ser conduzida à delegacia. Neste momento o orixá Oxossi incorporou a sacerdotisa que algemada foi colocada e mantida pelos PMs Júlio Guedes e seu colega identificado como Jesus, num formigueiro onde foi atacada por milhares de formigas provocando graves lesões, enquanto os PMs gritavam que as formigas eram para afastar satanás. Quando os membros da comunidade tentaram se aproximar para socorrê-la um dos policiais apontou a pistola para cabeça da sacerdotisa, ameaçado que se alguém da comunidade se aproximasse ele atirava. Spray de pimenta foi atirado contra os trabalhadores. O desespero tomou conta da comunidade, crianças choravam, idosos passavam mal. Enquanto Bernadete (Oxossi) algemada, era arrastada pelos cabelos por quase 500 metros e em seguida jogada na viatura, os policiais numa clara demonstração de racismo e intolerância religiosa, gritavam: fora satanás! Na delegacia da Polícia Civil para onde foi conduzida, Bernadete ainda incorporada bastante machucada foi colocada algemada em uma cela onde havia homens, enquanto policias riam e ironizavam que tinham chicote para afastar satanás, e que os Sem Terras fossem se queixar ao Governador e ao Presidente.

 Em pleno século XXI, vivemos tipo de sociedade que se auto-intitula como evoluídos e pós-moderna, acontece fatos que relembra o periódo colonial na escravidão do século XVII, quando os africanos escravizados eram perseguidos e colocado no tronco, ao manifestar sua cultura (língua, religião, aparência, etc.) ou querer autonomia no cultivo da terra.
 Inadmissível deixar passar despercebido acontecimentos como esse no terrreiro do Banco do Pedro. Sabemos que a repressão policial relembra tempos desagradáveis de nossa historia, que evita a liberdade.
A publicação dessas notícias não é levada ao conhecimento da população, fazendo com que a maioria das pessoas não conheça tais fatos, implicando que pense que não acontece esse tipo de ações nos dias de hoje. sabemos que a mídia exerce um poder de controle social.
 O fato das culturas de matriz africana não ter espaços nos veiculos de comunicação e ser representada de maneira distorcida e inferiorizada na mídia, faz pensar que o Afrodescendente só pode ser aceito se adequando ao modelo/padrão imposto pela industria cultural e suas mídias. As praticas religiosas são caracteristicas particulares a cada povo, então como não considerar racismo a atitude desses maus policiais no terreiro de Candomblé???
 E como se já não bastasse temos a intolerância religiosa já ganhando legitimidade no estado de São Paulo, quando a lei de sacríficio de animais em rituais religiosos esta proibido. Que absurdo. Essa ação é de ignorância imensurável, pois pela falta de entendimento das culturas de matriz africanas, sem saber o que é oferenda, sem saber o que é agradecer  as Entidades superiores que nos protege. Sem saber essas informações é que acontece as ações de intolerância. 
 A falta de conhecimento em seres humanos ditos como modernos, faz com que práticas religiosas seja prejudicada. Eles querem defender os animais sacrificados (galinhas, pombos, bode...), mas não se preocupam em parar de poluir o ar, a água e o solo.
 Querem defender a ideia de que sacrificar tais animais é um desperdício alimentar, mas é a favor da idéia de manter estocado nos supermercados até a data de válidade ser vencida, enquanto milhões de pessoas morrem de fome e sofrem com a insegurança alimentar.
 Essa é uma das facetas mostrada mais uma vez pelo sistema de dominação eurocêntrico globalizado, que transmite idéias e pensamentos hegemônico que deve invadir a cabeça das pessoas recolonizando-as como era feito no século retrasado, mas agora é de maneira mais sutil e eficaz, fazendo a lavagem cerebral através de aparelhos de mídia e personagens preparados para transformar em leis pensamentos eurocêntrico embranquecido que desqualifica e extermina as expressões culturais de outras etnias, principalmente as etnias africanas.
 Hoje em dia é praticamente uma luta existencial  assumir nossa ancestralidade africana, pois seremos subjulgado em nossas pratícas religiosas, se manifestarmos o culto aos Orixas (Entes das manifestações naturais e representa os elementos que compõe a natureza do homem e a natureza externa a ele),  seremos chamados de feiticeiros , bruxos, etc... Cenas que relembra a inquisição, mais ao invés de para a fogueira, vamos para a cadeia.
                                                       

 Se manifestarmos nosso culto a Criação e ao Criador do homem originado em África e presarmos pela prática original humana de total interação com a natureza, utilizando ervas e mantendo a originalidade, como diz as escrituras do velho testamento em Levitíco 21-5, ao qual diz ao povo de Deus: "Não rastar a cabeça e nem raspar a barba." Fazendo-nos RasTafarI's que louva o Criador e interagimos espiritualmente com a natureza. Mas nessa sociedade mediócre eurocêntrica somos tidos como vagabundos e sujos por sermos e termos Rasta e usarmos nossa erva sagrada.
 Enfim o preconceito e a discriminação esta presente em nossa sociedade explicitamente e devemos combater essas idéias. E nossa principal arma é assumir nossa ancestralidade africana, pois eles tem medo de nosso poder mental e a proteção do Altissímo. JAH ALLMIGHTY.

Link da notícia: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2010/10/480083.shtml    

Por Ras Tonton Fya Burning.
      

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

SEXTA DA PAZ!! NO Oiteiro...

Hoje tem Minikongo no Espaço Cultural Casa Aberta apatir das 20:00 hrs.


Tambores do Tempo: 30 anos do Bloco Afro Mini-Kongo

O projeto Tambores do Tempo aborda os 30 anos de existência do bloco afro Mini-Kongo, o mais tradicional do sul da Bahia, contextualizando o local onde nasce (Alto de São Sebastião) e o processo de luta de resistência cultural na cidade de Ilhéus. O Mini-Kongo é fruto de um movimento identitário nascido no bloco Ilê Ayê, do bairro da Liberdade, situado na Cidade do Salvador, durante a década de 1980, quando líderes religiosos e artistas como Atanagildo Ribeiro, Pedro Farias e Mário Gusmão entraram em contato com as manifestações afro nas ruas da capital baiana e, de lá, trouxeram as bases conceituais que nortearam o movimento cultural negro em Ilhéus e que influenciaram a criação do Mini-Kongo. Dessa forma, no Tambores do Tempo, está enfatizada a relação existente entre os blocos afro e os terreiros de candomblé, fazendo com que os primeiros sejam uma espécie de extensão das manifestações religiosas de matriz africana.
O conteúdo do Tambores do Tempo mostra a trajetória histórica do bloco ilheense mediante o depoimento de antigos moradores do Outeiro, de membros fundadores e de pessoas que participam do processo de luta para a preservação dos valores étnicos afro-descendentes, assim como utilizou-se do acervo iconográfico da instituição. Nele, busca-se o debate sobre a realidade vivida pelos blocos afro do município e mostrá-los não apenas entidades carnavalescas, mas como instituições promotoras de ações voltadas para a valorização das manifestações culturais existentes nas comunidades nas quais estão inseridos. A significância de projetos como esse está na sua contribuição para a promoção de cidadania e de conscientização por parte da população a respeito dos valores que formam a identidade do nosso povo constituído, em grande parte, por descendentes das etnias africanas vindas no processo diaspórico.
O documentário foi gravado em locações como o Outeiro de São Sebastião e o Terreiro Matamba Tombecy Neto, situado no Alto dos Carilos, no bairro da Conquista. A sua exibição fará parte da programação da comemoração dos 30 anos do Mini-Kongo a ser realizada na noite de 27 de novembro na sede do bloco. O documentário, realizado pelo Centro de Documentação e Memória Regional da Universidade Estadual de Santa Cruz (CEDOC-UESC) e dirigido por Ewerton Evangelista da Silva, contou com o apoio da Fundação Cultural de Ilhéus (FUNDACI), do Centro de Estudo, Pesquisa e Aplicação Pan-Africanista (CEPAPA), do Instituto Histórico e Geográfico de Ilhéus (IHGI) e da Panorâmica Produções.

André Luiz Rosa Ribeiro (Coordenação do CEDOC-UESC)
Ewerton Evangelista da Silva (Diretor-Geral do CEPAPA)
                                                    

Mestre Sandro comandando a Bateria
Apresentação em frente ao Teatro municipal de Ilhéus


Dê esse Axé lá!!

por Ras Tonton Fya Burning!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Manifesto do III Encontro Norte/Nordeste da Rede Mocambos

Contra a ADIN nº 3239
que ataca os direitos dos quilombolas



Em 20 de novembro de 1695 o maior líder do povo negro no Brasil foi assassinado no território que muitos negros escolheram e mantiveram por quase um século com o intuito de viver longe da lógica racista que impregnou a alma da nossa sociedade com a colonização portuguesa. Foi quando Zumbi e o Quilombo de Palmares sumiram da terra e estariam mortos para a história se não fosse a resistência negra que insiste em lembrar ao Brasil de que a riqueza que a atual elite branca herdou não seria possível sem a exploração do trabalho africano neste solo.
Passados mais de 500 anos de história oficial os/as quilombolas de hoje estão ameaçados/as de perderem seus territórios, onde vivem há séculos fora da lógica capitalista e ameaçados/as de morte pela elite branca latifundiária deste país.
Atualmente as comunidades quilombolas pouco podem fazer para se defenderem levando em conta a estrutura do Estado que persiste em reproduzir o racismo institucional; o Incra não consegue titular e nem garantir a integridade dos territórios quilombolas. Por tudo isso líderes quilombolas são ameaçados de morte quando exigem paras suas comunidades o que lhes é de direito.
A injustiça mais uma vez mostra sua face, agora, pela ADIN(Ação Direta de Inconstitucionalidade) nº 3239 de 2004 encaminhada pelo então deputado Valdir Colatto – à época no partido PFL, agora chamado de Democratas, e atualmente filiado ao PMDB(SC), em que pretende interferir no processo de reconhecimento dos quilombos, tirando-lhes o direito de dizer quem são e de onde vem. Esta é mais uma prova do racismo que ainda impera no Brasil e que a sociedade brasileira não pode fechar os olhos para isso sob pena de recusar a existência de uma democracia verdadeira.
A Rede Mocambos – uma rede de articulação em torno dos direitos quilombolas e da democratização da informação no combate à exploração e discriminação contra os povos não-brancos -  repudia a ADIN nº 3239 do deputado Valdir Colatto.
Esperamos que o Estado brasileiro se dê conta da atrocidade que esta ação representa para a suposta democracia racial brasileira que muitos dizem existir.
  Se a ADIN 3239 for aceita pelo STF, os títulos expedidos que garantem o direito judicial aos territórios por parte dos/as quilombolas poderão tornar-se sem efeito. E os critérios de reconhecimento das comunidades de quilombo alterarão de forma a delegar a terceiros o direito de dizer quem são os quilombolas. Estará dada a mensagem a todo povo brasileiro de que o Estado trabalha contra os direitos do povo negro seja apelo esquecimento do poder executivo, a negligência do poder legislativo e a ação parcial do poder judiciário.
A rede Mocambos e o povo de matriz afroindígena esperam também do governo Dilma Rousseff a atenção que o povo negro merece porque estes povos TAMBÉM VOTAM e votaram pela continuidade da redução das desigualdades esperando que o Brasil não cresça sem levar os negros e negras brasileiras para longe do futuro que tanto almeja.
O Estado brasileiro não pode retroagir em relação aos direitos das comunidades quilombolas e deve cumprir com seu dever de combater as desigualdades sociais que tanto afligem nosso povo criando um abismo racial entre brancos e não-brancos.
ABAIXO O LATIFÚNDIO!
ABAIXO A BANCADA RURALISTA!
ABAIXO O RACISMO QUE TIRA OS DIREITO DOS/AS/ QUILOMBOLAS!
POR UM MUNDO MAIS JUSTO E MAIS DO NOSSO JEITO!

Itacaré, Bahia, 06 de novembro de 2010


Postado por Tonton Fya Burning

domingo, 21 de novembro de 2010

20 de novembro dia da conciência negra

Caminhada realizada em Ilhéus, organizada pelo CEACI( Conselho das Entidades Afro Culturais de Ilhéus).
Saio da avenida 2 de julho à 9:00 hs da manhã pela Marques de Paranaguá percorrendo a 7 de setembro, alcançando a avenida Soares Lopes, finalizada na praça do teatro com palestras e reinvindicações.O CEPAPA prestou apoio ao evento. que contou principalmente com os colégios municipais,Secretaria Municipal de Educação,blocos Afros e movimentos de combate ao preconceito racial.




















postado por: Estevinho

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Conciência negra ou inconciência humana?

O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A semana dentro da qual está esse dia recebe o nome de Semana da Consciência Negra.
A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. O Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte forçado de africanos para o solo brasileiro (1594)

 A intenção de comemorar essa data – 20 de novembro – se deu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O primeiro passo foi dado, conta o historiador Alfredo Boulos Júnior, pelo poeta Oliveira Silveira, membro do Grupo Palmares, uma associação cultural negra (foto abaixo). Ao conhecerem o livro “O Quilombo dos Palmares”, de Edison Carneiro (baiano), os participantes dessa associação entenderam que Palmares foi a maior manifestação de resistência negra na história brasileira.


No dia 20 de novembro de 1971, no Clube Náutico Marcílio Dias, fez-se a primeira homenagem a Zumbi dos Palmares. Esse foi o primeiro passo para que ocorresse em Salvador no dia 7 de julho de 1978, uma proposta pelo MNU – Movimento Negro Unificado – para que em 20 de novembro fosse o dia Nacional da Consciência Negra. Associações e Movimentos Negros de todo o país aceitaram a proposta e essa data representa o resgate no sentido político de luta, da resistência contra a opressão social.
Assim, a partir da década de 70, Zumbi passou a ser valorizado no contexto de luta contra o mito da “democracia racial”, auxiliando na desmistificação que a história apregoa sobre o tipo de relações raciais desenvolvidas no Brasil, como sendo uma escravidão pouco violenta e de resistências sem tanta importância.           
      
A visão da “democracia racial” ainda tenta apresentar para a sociedade a idéia de que os diferentes grupos étnico-raciais no Brasil existentes viveram e ainda vivem harmoniosamente diferentes da resistência dos outros paises. Daí a importância de Zumbi dos Palmares, sua representação ativa e rebelde se contrapõe a toda essa idéia instituída pelo branco.

 A imagem de Zumbi (à esquerda) não só representa a resistência negra, mas, contribui também, para que negros e brancos compreendam, aceitem e reconheçam as diferenças humanas.
Em 2003, foi sancionada a lei 10.639/03 sendo instituída obrigatoriedade da inclusão da História da África e da Cultura Afro-brasileira no currículo das escolas pública e particular de ensino fundamental e médio. A lei também determina que o dia 20 de novembro deverá ser incluído no calendário escolar como dia Nacional da Consciência Negra.




Toda essa nova leitura sobre o negro se deve principalmente à luta da Comunidade Negra e dos Movimentos Negros de todo Brasil.

Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados hérois nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos, que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.


fontes: http://www.wikipeia.org/
           http://www.superpesquisa.com/
           http://www.overmundo.com.br/


postado por: Estevinho

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Audição CEPAPA


Audição para peça teatral promovido pelo CEPAPA. No Espaço Cultural Casa Aberta,Outeiro/Centro - Ilhéus/Ba. às 18:00. Dos Dias 16/11 até 19/11 2010.

Seleção para elenco, de Duas peças com a temática voltado a:

- Inserção do negro na sociedade contemporânea;
- Conto de um guerreiro africano que é trazido ao Brasil colonial 1.650. (espetáculo com dança)

Realização CEPAPA e Cia Casa Aberta de Teatro/CCAT.



CEPAPA - Centro de Estudo Pesquisa e Aplicação Pan-Africanista.
http://pan-africano.blogspot.com/

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Para onde vamos




A maioria das civilizações Europeias conquistaram (invadiram) outras civilizações, se apropriaram de suas ciências, culturas, religiosidades, arquiteturas, simbologias gráficas, escritas, metais valiosos a exemplo do ouro... A principal é a Romana que através da sua religião, impôs ignorantemente essa mistura de crenças e valores adquiridos de maneira violenta. Em tempos antigos de guerra se eliminavam todos os inimigos, mas depois de conhecer os Egípcios que escravizavam os inimigos para trabalhos em que seus povos não poderiam e nem queriam fazer a exemplo das grandes pirâmides, a escravidão se tornou uma pratica Europeia que cominou com uma escravidão em massa na África resultando em anos de tráfico de escravos originados da África para trabalhos braçais em outros continentes como Europa, América, etc... E posteriormente justificado ignorantemente por uma suposta inferioridade do ser humano africano. Dessa maneira foi iniciada uma nova éra na vida humana em que a sobreposição pela força tomou o lugar da competição primária pela sobrevivência, em que o homem nômade e tribal vivia em relativa harmonia e igualdade de vivência na África.  

A aldeia maasais ainda permanece em modo original.
Nos tempos atuais essa pratica se aprimorou, porém, é necessário ter uma motivação justificável antecipada (uma acusação de qualquer natureza e a mais usada é o terrorismo) para o inicio de uma invasão a exemplo do Iraque invadido pelo USA ambicionando o petróleo. Em função dessas atitudes bárbaras, foram criados diversos tratados formados por grupos de específicos de países para coibir essa pratica, no entanto nem todos os países respeitam esses tratados em função de seus próprios interesses.
 No tratado de Berlin em 1884/1885 potências europeias decidiram como ocupariam (invadiriam) o continente africano sem respeitar a sua pluralidade étnica e cultural, para exploração de suas riquezas naturais (matérias primas de necessidade da industrialização europeia)em função da eminente abolição da escravidão e consequente marginalização dos afrodescendentes. Os resultados dessa catástrofe podem ser visto hoje nas estatísticas de desemprego, nas ruas, presídios e favelas das metrópoles e grandes cidades do mundo todo.

                            Precisa dizer mais alguma coisa?

publicado por: Estevinho

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Primeiros Idealizadores Pan-Africanistas


                      
Marcus Mosiah Garvey







Marcus Mosiah Garvey nasceu em Saint Ann's Bay, capital da paróquia de Saint Ann, Jamaica. Ele era o mais novo de 11 filhos, 9 dos quais morreram ainda na infância. Garvey frequentou a escola infantil e elementar em Saint Ann's Bay, e era tido como aluno brilhante. Ele também recebeu instrução particular de seu padrinho Alfred Burrowes, proprietário de uma oficina gráfica. Com 14 anos Marcus Garvey tornou-se aprendiz no negócio. 
Marcus Mosiah Garvey foi um comunicador, empresário e ativista jamaicano (Saint Ann's Bay, Jamaica, 17 de agosto de 1887 – Londres, 10 de junho de 1940). É considerado um dos maiores ativistas da história do movimento nacionalista negro. Garvey liderou o movimento mais amplo de descendentes africanos até então; é lembrado por alguns como o principal idealista do movimento de "volta para a África". Na realidade ele criou um movimento de profunda inspiração para que os negros tivessem a "redenção" da África, e para que as potências coloniais européias desocupassem a África. Em suas próprias palavras, "Eu não tenho nenhum desejo de levar todas as pessoas negras de volta para a África, há negros que não são bons elementos aqui e provavelmente não o serão lá." Apesar de ter sido criado como metodista, Marcus Garvey se declarava católico.
 



William Edward Burghardt Du Bois






William Edward Burghardt Du Bois (pronuncia-se /duːˈbɔɪs/[1] 23 de fevereiro de 1868 - 27 de agosto de 1963) foi um líder intelectual da comunidade negra na América. Em várias funções como ativista dos direitos civis, Pan-africanista, sociólogo, historiador, escritor e editor. Biógrafo David Levering Lewis escreveu: "No decorrer de sua turbulenta carreira longa, WEB Du Bois tentou virtualmente toda solução de possíveis para o problema do século XX, o racismo bolsa, propaganda, integraçãonacional, autodeterminação, direitos humanos, culturais e económica separatismo, política internacional, o comunismo, expatriação, do terceiro mundo a solidariedade. "[2]
Du Bois se formou em Harvard, onde obteve seu doutorado em História, mais tarde ele se tornou um professor de história e de economia na Universidade de Atlanta. Ele se tornou o chefe da Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor (NAACP), em 1910, tornando-se fundador e editor da revista da NAACP The Crisis. Du Bois levantou-se a atenção nacional em sua oposição de Booker T. Washingtons idéias "de alojamento com Jim Crow separação entre brancos e negros e da exclusão de negros, em campanha em favor da representação política aumentou para os negros, a fim de garantir os direitos civis e da formação de uma elite negra que iria trabalhar para o progresso da raça American Africano.

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